13º salário no Grande ABC resultará em R$ 2,8 bilhões, recebidos pelos trabalhadores com carteira assinada, e R$ 1,2 bilhão dos aposentados
O pagamento do 13º salário vai injetar R$ 4 bilhões na economia do Grande ABC, divididos em R$ 2,8 bilhões provenientes dos trabalhadores com carteira assinada e R$ 1,2 bilhão dos aposentados e pensionistas da Previdência Social. Os números foram estimados pela Subseção do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e reúnem dados da Rais (Relação Anual de Informações Sociais), do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), ambos do Ministério do Trabalho e Emprego.
13º salário no Grande ABC
Além disso, o 13º salário no Grande ABC contribui com cerca de 1,4% de todo 13º pago no Brasil, estimado em R$ 291 bilhões para 2023, segundo estudo do escritório nacional do Dieese. Sendo assim, cerca de 1,3 milhão de pessoas na região serão beneficiadas com o pagamento do 13º salário, constituído por 803 mil trabalhadores com carteira assinada e 521,5 mil beneficiários da Previdência Social. Seus rendimentos foram estimados a partir da variação média do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) entre janeiro e outubro de 2023 sobre igual período de 2022.
Pagamento de 2022
Vale lembrar que em 2022 foram R$ 3,9 bilhões no Grande ABC, sendo R$ 2,7 bilhões dos trabalhadores e R$ 1,2 bilhão dos aposentados. O que correspondeu a 1,6% de todo 13º salário que é pago no Brasil, estimado em R$ 249,8 bilhões pelo Dieese.
Sindicato dos Metalúrgicos do ABC
Os trabalhadores da base do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC vão contribuir com R$ 433,5 milhões deste montante. A categoria reúne 69 mil trabalhadores, com vínculo nas indústrias de São Bernardo, Diadema, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. Com rendimento médio mensal de R$ 6.276,03, a categoria representa 5,5% do total dos trabalhadores que deverão receber algum abono de final de ano na região, os recursos recebidos pelos trabalhadores do setor representam 10,7% do montante previsto para 2023.
Preservação dos direitos dos trabalhadores
O presidente do Sindicato, Moisés Selerges, destaca a importância da preservação dos direitos dos trabalhadores para a retomada da economia, uma das bandeiras defendidas pelo Sindicato. “Estes números demonstram que o trabalhador com dinheiro no bolso potencializa a economia da região e a geração de empregos. A roda da economia volta a girar! É a confirmação também da importância da preservação dos direitos trabalhistas para a economia do País como um todo”, afirmou.
Além disso, comparados ao total de trabalhadores formais da região, os metalúrgicos do ABC detêm 8,6% dos empregos. No entanto, respondem por 15,3% do montante pago aos trabalhadores com carteira assinada. Já em comparação com os demais trabalhadores da indústria de transformação, a categoria é responsável por 45,9% do total de 13º salário pago neste setor.
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