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Espaço industrial de Porto Alegre volta a leilão R$ 12 milhões

por Plataforma dos Municípios
espaço industrial de porto alegre volta a leilão R$ 12 milhões

Área do leilão já abrigou as empresas Tecidos Guahyba e Cettraliq em um terreno de 32 mil metros quadrados

Porto Alegre concentra áreas industriais importantes e em uma delas, onde um dia já circularam 3,5 mil trabalhadores e abrigou uma tecelagem e uma empresa de produtos químicos, hoje o que restou do terreno de 32 mil metros quadrados foi um segurança e dois cães de guarda. No entanto, um leilão marcado para acontecer no dia 5 dezembro pode mudar a trajetória do espaço, situado em um ponto estratégico, na zona norte da capital do Rio Grande do Sul.

Leilão onde abrigou a tecelagem Guahyba e a empresa Cettraliq

Funcionaram neste local a famosa tecelagem Guahyba e a polêmica companhia de produtos químicos, Cettraliq. Esta última chegou a promover alterações do gosto e cheiro da água consumida em Porto Alegre. O espaço já passou por um leilão no fim de 2018, em uma primeira tentativa de negociar o empreendimento que fica ao lado do DC Shopping, no bairro Navegantes.

Como no ano passado, o leilão não foi bem sucedido, houve uma revisão da dimensão do terreno em que foi verificada a informação que trata-se de um terreno um pouco maior do que o estimado anteriormente, além do valor ter sido ajustado para baixo. O lance inicial era de R$ 16,9 milhões e caiu para R$ 12 milhões. Já os equipamentos da Cettraliq serão leiloados à parte, avaliado em R$ 400 mil.

Segundo Giancarlo Peterlongo, leiloeiro responsável pelo evento, em entrevista ao portal GaúchaZH:

“Houve interessados, mas não chegaram a fechar negócio. Acreditamos que agora poderemos ter sucesso”.

Antigos ocupantes

Em 2016, a Cettraliq encerrou suas atividades neste espaço em função dos impactos ambientais. Já a Guahyba fechou suas portas anos antes, em 2000.

Ao visitar o local é possível constatar que ali ainda existe um maquinário pesado e grandes rolos de tecido envelhecido. A impressão que dá é que seus funcionários tivessem parado o expediente de repente e deixado o serviço.

Além disso, por conta de seu clima sombrio, nem todo mundo aceita trabalhar nas empresas que circundam a antiga área industrial. Sobre isso, o segurança Paulo Cunha, de 48 anos, conta com a ajuda dos cães Alemão e Preto e revela à mesma publicação:

“À noite, o vento provoca alguns barulhos. Às vezes, chega a cair alguma parte da estrutura. Houve um colega que pediu demissão porque ficava com medo”.

Cettraliq

No local onde funcionava a Cettraliq, que compreendia algumas salas herdadas da Guahyba, não existe mais qualquer odor forte. Os dois tanques a céu aberto armazenam somente um pouco de água da chuva, que é bombeada regularmente.

Conforme laudo encomendado pela administração da massa falida, não teria mais a presença de produtos contaminantes no terreno. A massa falida (Villa D’Este) é composta por empresas distintas que atuavam no mesmo endereço e pertenciam aos mesmos donos, o casal Wolf e Betty Gruenberg, que foram à falência.

No entanto, algumas partes do empreendimento industrial foram inventariadas por possuírem valor histórico e que não poderão ser demolidas pelos futuros donos de um dos endereços que integra a história industrial de Porto Alegre. É o caso de uma chaminé de tijolos e uma rampa onde permanece um relógio pendurado.

Leilão – informações

O leilão acontecerá no dia 5 de dezembro de 2019, às 15h30, no átrio do Foro Central de Porto Alegre, na Rua Manoelito de Ornelas, 50, bairro Praia de Belas.

O lance inicial é de R$ 12 milhões e abrange o terreno e seus pavilhões.

Fonte: portal GaúchaZH

*Foto: Divulgação / Omar Freitas – Agência RBS

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