Em virtude da pandemia do novo coronavírus, Copacabana Palace deve reabrir apenas no final de maio
Na sexta-feira santa (10), o hotel mais famoso da cidade do Rio de Janeiro, o Copacabana Palace fechou suas portas pela primeira vez em 97 anos de história. O motivo foi para ajudar a conter o avanço do novo coronavírus na capital fluminense.
Copacabana Palace de portas fechadas
Grades de dois metros de altura foram colocadas para circundar a fachada do prédio, na avenida Atlântica, 1.702, e adentrava pela lateral, na rua Rodolfo Dantas, onde operava a área de carga e descarga do hotel. Muitas pessoas que passavam pelo local começaram a tirar fotos e falavam sobre o fato inédito em quase 100 anos de história do local. Um segurança limitou-se apenas a dizer que não podia comentar nada.
Com aproximadamente 500 funcionários, o hotel deve reabrir apenas no fim de maio. Na véspera do fechamento provisório (9), o grupo Belmond, que controla o Copacabana Palace desde 1989, divulgou um comunicado informando sobre o ocorrido:
“O Belmond Copacabana Palace prioriza a saúde, o bem-estar e a segurança de seus hóspedes e funcionários. Devido à pandemia e para conter a disseminação do novo coronavírus, informamos o encerramento temporário de nossas atividades a partir de amanhã, 10 de abril. A indústria do turismo está sendo a mais afetada no mundo e esperamos em breve poder reabrir nossas portas.”
Nada de entrevistas
Além disso, o departamento de imprensa do hotel não autorizou entrevistas nem quis esclarecer quaisquer outras dúvidas, entre as quais: o fato de que um único hóspede teria conseguido permanecer lá dentro e continuaria vivendo no hotel. De acordo com o jornal O Globo, trata-se do cantor Jorge Ben Jor, que vive no local desde 2018.
Além da suíte do músico, somente um outro dos 273 quartos estaria ocupado, o da diretora-geral do Copacabana Palace, Andrea Natal. Embora o fechamento efetivo do hotel só tenha ocorrido na sexta, desde terça-feira (7) já não havia hóspedes regulares no hotel.
Durante o período de quase 45 dias em que ficará sem funcionar, o Copacabana Palace vai encaixotar grande parte de seus materiais e utensílios e ainda aproveitar para catalogar todo este acervo, coisa que nunca tinha sido feita antes.
Dos cinco restaurantes do hotel, apenas continua operando, no intuito de servir os funcionários de manutenção e o cantor Jorge Ben Jor que continuará vivendo atrás das grades do local histórico.
Fonte: Folha de S. Paulo
*Foto: Divulgação