Clara Paulino vai assumir a presidência da Fundação Theatro Municipal do Rio, em substituição a Aldo Mussi
Na última sexta-feira (22) veio à tona que a ex-superintendente de Museus da Secretaria Estadual de Cultura (entre 2016 e 2019) e presidente do Museu da Imagem e do Som (MIS), Clara Paulino, será a nova presidente Fundação Theatro Municipal do Rio, substituindo Aldo Mussi, no cargo desde fevereiro de 2019.
Nova presidente do Theatro Municipal do Rio
Clara Paulino assume o cargo de presidente do Theatro Municipal do Rio hoje (25), a convite da secretária de Cultura e Economia Criativa do estado, Danielle Barros.
Ela afirma que pretende, inicialmente, planejar em diálogo com os corpos artísticos e técnicos do teatro, a reabertura para o público. Porém, seguindo todos os protocolos de segurança contra a Covid-19.
“Outros equipamentos com características semelhantes, como o Municipal de São Paulo e o Teatro Amazonas, já iniciaram uma reabertura gradual, seguindo os parâmetros sanitários implementados pelas autoridades locais.”
Programação
Sobre isso, ela afirma:
“Todos estes detalhes, incluindo propostas para a programação, serão debatidos com as equipes da casa. Entro no Municipal, antes de tudo, como uma funcionára da Cultura do estado, como todos os que lá estão.”
Neste período de férias, a programação do Theatro Municipal do Rio tem apostado num formato digital, enquanto não retoma as apresentações presenciais. Entretanto, Clara acredita que o espaço conquistado na internet deve ser mantido após a reabertura.
“Um aprendizado pelo qual a maioria dos equipamentos culturais passou em 2020 foi a importância dos ambientes digitais, das redes sociais. Inclusive para a democratização do acesso, que é uma das missões do Municipal.”
Portanto, para ela é importante manter este contato com um público, oferecendo uma “programação pensada para este formato, que complemente a presencial”.
18 anos de serviço público
Apesar de não ser originalmente relacionada ao meio clássico a nova presidente do Municipal do Rio possui a experiência de 18 anos no serviço público. Ela atuou prioritariamente na Cultura, administrando o espaço, com suas características específicas.
“Não só como espectadora, sempre tive muito contato com o Municipal na minha vida profissional. Antes mesmo de assumir a superintendência de Museus da Secretaria, eu participei de vistorias durante a reforma do teatro, quando estava no Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).”
Agora ela entra no espaço para aprender com todas as equipes, no sentido de servidora. Clara afirma que também sofreu com o atraso de salários em 2017, e esteve com esta equipe em protesto realizado nas escadarias.
Receitas públicas do teatro
Em razão da pandemia de Covid-19, a arrecadação das receitas públicas do teatro foi impactada. Sobre isso, Clara acredita que sua experiência como presidente do MIS-RJ possa indicar caminhos para pensar a gestão do Municipal em um momento como este de crise.
“No MIS vimos que é possível ter uma programação de qualidade mesmo sem contar com tantos recursos. E que, quando oferecemos esta programação, o público responde.”
Ela sabe que o Municipal carrega outra realidade, mas com “mais possibilidades de parcerias, de captar recursos externos. Mas o fundamental é continuar fazendo política pública”, finalizou.
*Foto: Divulgação