Varejo pernambucano sofreu os impactos do agravamento da pandemia de Covid-19 no mês de março
Depois do período de isolamento social realizado entre os dias 18 e 31 de março, em Pernambuco, como mais uma manobra de contenção do avanço da pandemia de Covid-19, o volume de vendas do varejo caiu 6,8% no mês. Os dados são da Pesquisa Mensal do Comércio, divulgada pelo IBGE. Já o Brasil registrou queda de 0,6%.
Varejo pernambucano em março
No comparativo com março de 2020, a economia de Pernambuco teve desempenho acima da média brasileira no varejo, com um acréscimo de 6,2%, ante 2,4% no Brasil. Já no acumulado do primeiro trimestre, o país apresentou queda de 0,6% e Pernambuco cresceu 3,1%. Em compensação, na variação acumulada dos últimos 12 meses, o Estado teve o dobro do percentual verificado no país: 1,4% contra 0,7%.
Sobre isso, Fernanda Estelita, gerente de planejamento e gestão do IBGE em Pernambuco:
“Inicialmente tivemos muitas restrições à circulação e ao funcionamento de vários setores, inclusive o comércio. Praticamente na segunda metade do mês de março estávamos com restrição ao comércio com lojas, de fato, fechadas. Isso teve um impacto muito grande, porque embora ao longo desse último ano tenha sido desenvolvido de forma bastante acelerada o comércio on-line, ele ainda não está tão universalizado assim. O comércio de rua ainda é muito forte.”
Comércio
No varejo pernambucano ampliado, o que inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção. Sendo assim, o Estado registrou queda de 7,7% no volume de vendas em março. Ao passo que a queda, no Brasil, foi menos acentuada, de 5,3%. Entretanto, quando comparada a março de 2020, Pernambuco possui o sexto melhor resultado do país, com alta de 25,5%, contra um avanço de 10,1% no país.
Por outro lado, na variação acumulada dos três primeiros meses do ano, o comércio varejista ampliado no Brasil avançou 11,3%, bem acima dos resultados do país (1,4%). Por sua vez, na variação acumulada dos últimos 12 meses, teve recuo de 1,1% no país, ao passo que em Pernambuco teve alta de 2,5%.
Abril
Já para o mês de abril, a expectativa é de recuperação. Porém, ainda de modo desacelerado, conclui Fernanda:
“A gente teve esse momento bem pontual de fechamento total, a partir de abril nós começamos a abrir os comércios em horários alternativos, com alguma redução de tempo aberto. A gente espera que haja algum movimento de recuperação, mas que ele ainda não seja pleno, porque ainda temos bastante restrições. As atividades do comércio ainda não vão estar funcionando plenamente.”
*Foto: Divulgação