Ballet de Niterói propõe uma ação de arte integrada junto ao Museu Janete Costa de Arte Popular
Uma apresentação inédita que une a Companhia de Ballet de Niterói e o Museu Janete Costa de Arte Popular está em cartaz neste mês de julho e vai ate dezembro. A chance de o público ver uma interação de pura cultura, entre dança e exposição fará sua estreia neste sábado (10), em duas sessões, às 14h e às 15h.
Ballet de Niterói e sua arte integrada
O Ballet de Niterói pretende oferecer novas percepções para a mostra “Tudo que move é sagrado”.
As apresentações que vão até dezembro, sempre nesses horários, ocorrem no primeiro fim de semana de cada mês. Além disso, os bailarinos executam performances inspiradas nos temas da exposição: ar, vento e movimento.
A exposição
A exposição, que possui 60 obras de 30 artistas brasileiros conta com curadoria de Jorge Mendes. Já o lado da dança receberá no palco cinco do Ballet de Niterói. Eles se dividirão em cinco setores e que tiveram como ponto de partida as performances sobre a importância de inspirar, respirar, mover e viver.
Instalação
Contudo, a instalação percorre as mais variadas técnicas e linguagens artísticas, passando por esculturas, teatro de mamulengos e cataventos, até a dança dos ventos de Iansã.
Por outro lado, as peças contarão com recursos manuais, manivelas, motores e vento, que evidenciam a dinâmica do movimento. É como se as obras ganhassem vida com a ajuda dos corpos dos bailarinos, explica a diretora do Museu Janete Costa, Daniela Magalhães.
Processo de criação
Ela revela que a ação integrada foi concebida no processo de criação da mostra. E isso fez toda a diferença para que o público frequente o museu nos dias da apresentação de dança:
“O olhar sobre a exposição só se amplia. O público pode esperar um espetáculo leve, sensível e cheio de movimento. Serão poucos bailarinos, para que possamos respeitar todos os protocolos sanitários de distanciamento, e apenas 24 pessoas por hora dentro do museu.”
Percepções individuais das obras
Já para Fran Mello, diretor da Companhia de Ballet de Niterói, conta que sob sua direção cada bailarino se tornou intérprete criador da intervenção a partir de suas percepções individuais das obras.
“Abordamos a dificuldade deste momento tão delicado que vivemos: a de nos mover e respirar. Nas obras, uma explosão de cores e delicadezas; nos corpos, discursos sobre um tempo de presença e ausência.”
Espetáculo diferente
Por fim, o diretor acredita que será um espetáculo inteiramente diferente para cada espectador. Isso porque a decisão de onde assistir à performance é dele:
“Cada ângulo oferece um “atravessamento” diferente das obras em relação ao movimento dos bailarinos. Um verdadeiro caleidoscópio de cores e movimentos.”
*Foto: Divulgação