Solário Carioca terá auxílio de especialistas em energia para programa
A Prefeitura do Rio, por meio do Centro de Operações e Resiliência (COR), do Escritório de Planejamento (EPL) e da Coordenadoria de Relações Internacionais (CGRIC), em parceria com a Rede de Cidades Resilientes (R-Cities), promoveu o Workshop de Transição Energética Justa: cocriando soluções para a expansão e aprimoramento do programa Solário Carioca no Rio de Janeiro, na quinta-feira (15/6) e na sexta-feira (16/6), no COR. O evento é parte do programa internacional de transição energética inclusiva e resiliente Urban Power, da R-Cities, com o apoio da Global Energy Alliance for People and the Planet, em que a capital é uma das cidades participantes.
Solário Carioca – o que dizem os especialistas
Ao longo de dois dias, especialistas em energia, representantes de instituições nacionais e internacionais e atores-chave da cidade debateram as possibilidades de expansão do Solário Carioca dentro do território municipal, beneficiando assim os cariocas de forma equitativa.
O evento contou com a participação de três representantes municipais: Marcus Belchior (chefe executivo de Operações e Resiliência do Rio), Pedro Spadale (coordenador-geral de Relações Internacionais da Prefeitura do Rio) e Daniel Mancebo (coordenador do Escritório de Planejamento da Secretaria Municipal de Fazenda e Planejamento).
“O Rio de Janeiro entende que envolver o setor privado e a sociedade civil é fundamental para criarmos novos modelos e oportunidades de negócios no caminho da transição energética. Fomentar este tipo de encontro é investir em uma cidade melhor para todos.”
Desafios
Além disso, desafios como as diferentes tipologias de terrenos e os principais atores a serem envolvidos no processo também foram debatidos. Vale destacar que a iniciativa é um marco para a cidade, que tem como meta alcançar a neutralidade de carbono até 2050, como determina o Plano de Desenvolvimento Sustentável (PDS).
Segundo Daniel Mancebo:
“O Solário Carioca é um projeto inovador que contou com a coordenação do Escritório de Planejamento desde a fase de aplicação inicial junto à rede internacional C-40, que reúne as maiores cidades do mundo no combate às mudanças climáticas. Esse projeto mostra a importância para a cidade de estratégias que reduzam as emissões de gases do efeito estufa, especialmente no setor de energia, e consolida práticas de desenvolvimento sustentável e economia de baixo carbono.”
Urban Power
Tal atividade é uma das etapas do Urban Power. O programa visa desenvolver projetos e parcerias estratégicas que reduzam as emissões de carbono, e que permitam uma transição energética equitativa e fortaleçam a resiliência dos sistemas de energia urbana. Na primeira fase do projeto, foi desenvolvido o perfil energético da cidade do Rio de Janeiro. Já nesta segunda etapa, o objetivo é a aceleração de projetos de energia renovável. Além do Rio de Janeiro, participam do programa Urban Power as cidades de Santiago de Cali (Colômbia), Cidade do Cabo (África do Sul) e Lagos (Nigéria).
Segundo Pedro Spadale, o Tio faz parte da rede Resilient Cities desde 2010. Desde então, a rede já apoiou o desenvolvimento da estratégia de resiliência da cidade (Rio Resiliente) e, mais recentemente, o Perfil Energético do Rio.
“Em razão do esforço contínuo da prefeitura para tornar a cidade cada vez mais resiliente, o Prefeito Eduardo Paes foi convidado para integrar o Conselho de Administração da rede. Estamos entusiasmados com essa nova etapa da relação da cidade com a R-Cities e prontos para intensificar ainda mais nossa atuação nesse importante fórum internacional.”
Sobre o Programa Solário Carioca
O Programa Solário Carioca da Prefeitura do Rio tem por objetivo promover a geração de energia solar na cidade, com a instalação de uma fazenda de energia solar no antigo aterro sanitário desativado de Santa Cruz. O Solário vai gerar ao menos R$ 2 milhões de economia por ano para o município com uso de energia limpa em imóveis da Prefeitura.
O programa também abastecerá imóveis públicos. A licitação está aberta e a entrega de envelopes está marcada para o dia 22 de junho. O investimento privado é estimado em R$ 45 milhões em período de 25 anos. A Usina Solar Fotovoltaica (USF) funcionará no modelo de Minigeração Distribuída de energia limpa e terá potência de 5 megawatts (MW). Serão mais de 11 mil painéis que devem ser instalados em 1 ano após assinatura do contrato. A Prefeitura do Rio já mapeou pelo menos mais quatro outras áreas para implantação de outras usinas fotovoltaicas do tipo na cidade.
*Foto: Reprodução/Unsplash (American Public Power Association – unsplash.com/pt-br/fotografias/XGAZzyLzn18)