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PISA 2022: Ernesto Heinzelmann comenta a pesquisa educacional

por Plataforma dos Municípios
PISA 2022 Ernesto Heinzelmann comenta a pesquisa educacional

O levantamento é feito a cada três anos e avalia o desempenho de alunos entre 15 e 16 anos

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD) divulgou no último mês a edição 2022 do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA). “E com o resultado, percebemos novamente um grande alerta para a educação no Brasil”, apontou Ernesto Heinzelmann, empresário e Presidente do Conselho de Administração do Instituto Coree, voltado à educação, cultura, esportes e inovação. 

O PISA avalia três áreas importantes para o desenvolvimento dos estudantes: ciências, matemática e leitura. O objetivo é mensurar o conhecimento básico desses jovens, além de sua capacidade de compreensão de textos e problemas matemáticos.

Como funciona o levantamento?

A pesquisa avaliou um total de 690 mil estudantes de 81 países, no Brasil 10.798 estudantes de 599 escolas privadas e públicas participaram. O levantamento conta com uma pontuação de 0 a 6, sendo de 0 a 2 um nível abaixo do conhecimento básico e de 5 a 6, um índice de proficiência alta.

“Muito além de uma simples medição, o levantamento também reflete fatores como a estrutura escolar, acesso à informação, condições socioeconômicas e políticas públicas”, completou Ernesto Heinzelmann.

Brasil abaixo da média mundial

O Brasil encabeça a lista dos 15 piores avaliados. Entre os países da América Latina, ele fica atrás de Colômbia, Chile, México, Uruguai, Costa Rica e Peru.

Enquanto o Brasil tem 42,2% dos alunos nos níveis 0 e 2, classificados como abaixo do conhecimento básico, Singapura, o país com melhor colocação, conta com 45,5% dos estudantes nos níveis 5 e 6, os mais altos do índice. Reforçando um cenário educacional preocupante, o PISA apontou ainda que apenas 1% dos estudantes brasileiros atingiram os maiores níveis em matemática.

“E é claro que as nossas crianças não são culpadas, mas sim vítimas de um sistema. Elas estão dispostas a aprender e se desenvolver de acordo com o estímulo ofertado. Esse retrato alarmante aponta para uma união de fatores, mas sobretudo para a incapacidade do poder público de ofertar um ensino de qualidade”, analisou Ernesto Heinzelmann.

Classificação do Brasil no PISA 2022

O PISA foi implementado em 2000 e, desde então, houve uma evolução pequena no desempenho dos alunos brasileiros. No domínio Leitura, por exemplo, o Brasil teve 396 pontos em 2000, contra 410 pontos em 2022. Em Matemática, o país conseguiu a marca de 356 pontos contra 379 na última edição. Por fim, na categoria Ciência, os estudantes tiraram 390 pontos em 2000 e 403 em 2022.

Há inúmeros exemplos de boas práticas educacionais que geram resultados muito positivos. A questão é: como levar estas práticas para as escolas públicas? 

Ernesto Heinzelmann: Análise

Envolvido como voluntário em projetos educacionais importantes como o Musicarium Academia Filarmônica Brasileira, a Coree International School e o Projeto Resgate, Ernesto Heinzelmann acredita que o problema não está na capacidade de aprendizado das crianças e sim nas oportunidades oferecidas.

“É muito triste ver o descaso com o capital humano que temos, privando nossos jovens de um ensino de excelência e condenando-os a permanecerem no círculo vicioso da incapacidade profissional e da pobreza”, completou o empresário.

Entre os 5 melhores na avaliação PISA estão países como: Coreia do Sul, Singapura, Estônia e Japão, que em poucas décadas se transformaram em nações prósperas, com altos índices de qualidade de vida, investindo em educação de qualidade. “Como nação, temos inúmeros desafios, mas considerando que a educação é a base para formar cidadãos, proporcionar igualdade social e gerar mais desenvolvimento para o país, deveríamos ver progressos nos testes internacionais de conhecimento”, disse ele.

A avaliação do PISA revela mais uma vez a importância da educação de base para o fortalecimento nas demais esferas nacionais. Ernesto Heinzelmann explica que “o PISA está aí para nos lembrar que temos uma grande dívida a ser quitada com a nação. Dar a oportunidade às nossas crianças de receberem uma educação digna e de qualidade que elas tanto merecem”.

Foto: https://unsplash.com/pt-br/fotografias/mulher-carregando-livro-didatico-branco- e-verde-iQPr1XkF5F0

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