Agenda ESG das empresas brasileiras envolve lidar com responsabilidade ambiental e social
Atualmente, tornar a empresa mais competitiva significa também reduzir as emissões de CO2. Apesar de ainda ser um desafio, com o tempo, pode dar origem a um sistema contínuo. Hoje em dia, uma empresa que não está alinhanhada com os princípios do ESG serão impactadas lá na frente. Já as que pensam de forma sustentável, terão mais vantagens, uma vez que a própria sociedade exige mais comprometimento da indústria com o meio ambiente.
Contudo, não podemos deixar de fora o G, de governança. Nesta parte, segundo o CEO e consultor sênior, Sandro Tordin, esta área do ESG é vista como a ferramenta de organização de tudo, mas que também vai além do empresarial. Em suma, temos governança dentro de casa, em ambientes sociais, e no trabalho.
Agenda ESG das empresas brasileiras
Confira a seguir a agenda ESG das empresas brasileiras, como elas atuam.
Eletrobras: 97% de energia renovável
A Eletrobras responde por 23% de toda a geração de energia elétrica no país – e praticamente toda ela vem de fontes limpas. Já os 97% da base são ativos renováveis, o CEO da companhia.
A empresa também tem participação nas usinas nucleares de Angra 1 e Angra 2. E tal fonte de energia não é renovável, porém, é limpa, uma vez que a produção não emite CO2.
Suzano gera sustentabilidade no setor de papel e celulose
A Suzano investe em tecnologias que transformam subprodutos de celulose em alternativas aos produtos de origem fóssil. A companhia está desenvolvendo bióleo (combustível de origem vegetal) a partir de árvores, além de outros produtos químicos sustentáveis.
Além disso, a Suzano também explora o uso de sua base florestal para a produção de têxteis e energia limpa, consolidando sua posição como uma líder em inovação sustentável.
Gerdau: redução de emissões na indústria do aço
A Gerdau é a maior recicladora de aço da América Latina, focada em reduzir suas emissões de gases de efeito estufa. A empresa planeja minimizar suas emissões em 10% até 2030, sobretudo através da reciclagem de sucata e do investimento em energias renováveis como eólica, hídrica e solar. Este compromisso é decisivo para uma indústria tradicionalmente intensiva em carbono.
A companhia reforçou seu plano de investimento no país até o fim de 2025, em R$ 7,5 bilhões, e quase metade deste valor será aplicado em plataforma de mineração sustentável.
Embraer-X: aviação sustentável e inovação tecnológica
O CEO da Embraer-X fala sobre a nova fronteira do transporte aéreo: o EVTOL (Veículo Elétrico de Decolagem e Pouso vertical, na sigla em inglês). Trata-se de drones capazes de carregar passageiros, sem queimar uma gota de combustível.
A EVE, subsidiária que nasceu da Embraer-X, é uma das pioneiras nessa tecnologia, e já possui uma carteira com 3.000 pedidos. O primeiro protótipo está em produção. Mas as entregas devem começar em 2026.
Nubank: inclusão financeira
A transição de contas físicas para digitais está ocorrendo com maiso celeridade. E segundo o CEO do Nubank, David Vélez, a tecnologia aprimora o S de ESG, ou seja pratica a responsabilidade social. Hoje, o Nubank possui 53% da população adulta do país como cliente, o que impacta 92 milhões de pessoas.
Sustentabilidade e governança
Por fim, a respeito dos combustíveis fósseis, é preciso eliminá-los do mapa com a intervenção do Estado, que é um agente transformador neste caso.
Portanto, é necessário haver uma interseção entre energia e inteligência artificial, onde há a necessidade de um sistema energético eficaz de fato para suportar a crescente demanda de processamento de dados.
*Foto: Reprodução/https://br.freepik.com/fotos-gratis/grupo-de-empresarios-fazendo-estrategia-sobre-economia-de-energia-no-escritorio_2524094.htm#fromView=search&page=1&position=15&uuid=98ab2466-f4be-45a9-81da-d416da55a265