FIDCs de fintechs compreende alguns passos, com a finalidade de aproveitar o panorama de alta liquidez
As fintechs de crédito têm a vantagem de deter recursos no mercado de capitais, aproveitando um cenário de alta liquidez e demanda por ativos estruturados. Confira neste artigo a opinião de especialistas.
Mas, mesmo que tenha um certo otimismo neste momento, especialistas pedem cautela. De acordo com Armin Altweger, empreendedor e consultor especializado em FIDCs, o Brasil ainda é dominado por um oligopólio bancário que controla o mercado de crédito. Porém, ainda há um caminho a percorrer no desenvolvimento de alternativas de crédito.
FIDCs de fintechs
Além disso, os FIDCs de fintechs podem ter sucesso dependendo de uma preparação cuidadosa. E isso inclui: escolher bem os parceiros e contar com uma estrutura flexível, que é essencial para que a fintech ajuste sua estratégia segundo a evolução do mercado.
Atualmente, a oferta de crédito estruturado é menor que a demanda. E os investidores querem boas oportunidades. E é neste momento que as fintechs ganham espaço podendo negociar condições favoráveis.
Mercado brasileiro de capitais
Por sua vez, o mercado brasileiro de capitais tem crescido expressivamente nos últimos anos, sobretudo no segmento de fintechs, afirma a vice-presidente de Debt Capital Markets (DCM) do Itaú BBA, Thais Dias. Para ela, há uma forte demanda por crédito estruturado, abrindo espaço para fintechs que necessitam levantar recursos para financiar seu crescimento.
Planejamento e preparação
A preparação e a escolha do momento certo para captar são fatores críticos para o sucesso da operação. A fintech deve buscar recursos no mercado de capitais assim que sua operação já estiver funcionando e com potencial claro de escalabilidade.
Além disso, o planejamento antecipado foi a recomendação central de Thais. Isso porque as fintechs que se preparam com antecedência conseguem organizar melhor suas estruturas, o que eleva as chances de captar em boas condições.
Ponto de vista dos investidores
Os investidores tem buscado fundos de crédito e os bancos estão mais seletivos e atentos aos detalhes das operações. Em suma, os investidores querem fintechs que tenham processos de concessão de crédito bem definidos e que ofereçam garantias robustas, disse a analista do Itaú BBA.
Captação no mercado de capitais
Neste caso, pode haver a criação de fundos de investimento em direitos creditórios (FIDCs). Com isso, a fintech reúne recursos de diversos investidores que compram cotas do fundo, e esses recursos são usados para conceder crédito. Em troca, os investidores recebem uma remuneração baseada nos juros cobrados dos clientes da fintech.
Emissão de debêntures
Por fim, outra alternativa é a emissão de debêntures, em que a fintech vende títulos de dívida para investidores, que são remunerados com juros sobre o capital investido. Aqui, o FIDC é principalmente adequado para fintechs em fase de crescimento, uma vez que oferece a flexibilidade necessária para financiar suas operações de crédito.
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