Ao todo, o Nordeste encomendou 25 milhões de doses da vacina Sputinik e ainda quer comprar a vacina Coronavac
Nove estados do Nordeste, liderados pela Bahia, acertaram os termos de compra de 25 milhões de doses da vacina russa Sputnik. Agora, só falta assinar o contrato com o Fundo Soberano Russo, que desenvolveu e distribui o produto.
Importação da vacina Sputinik
Tais doses seriam importadas da Rússia. Em suma, elas chegariam ao Brasil a partir do mês de abril e seriam todas entregues até julho. Além disso, o laboratório brasileiro União Química também irá produzir o imunizante russo. Portanto, haverá outro contrato com os governadores.
Programa Nacional de Imunização
De acordo com o governador Wellington Dias (PI-PT), as doses da Sputnik serão entregues para o Programa Nacional de Imunização. Dias coordena a seção de vacinação do Fórum de governadores.
Porém, alguns governadores de fora do Nordeste pensam em utilizar as doses em seus próprios estados, se o governo federal não conseguir cumprir os prazos de vacinação. Tal declaração, ouvida pela Folha de S. Paulo, veio de três governos das regiões Sul e Centro-Oeste. Já o Ceará estuda como proceder.
No fim de fevereiro, a campanha de vacinação no Recife já priorizava a faixa-etária de 85 anos para cima, relembre aqui.
Anvisa
Entretanto, não se pode esquecer que a vacina Sputinik ainda não foi aprovada pela Anvisa.
Diante disso, Dias afirmou ontem (2), que a União Química prometeu aos governadores que tomará providências para obter aprovação do imunizante na Anvisa.
Coronavac
Dias ressaltou ainda que os governadores pediram uma “proposta firme de entrega” de vacinas produzidas pelo Instituto Butantan, da chinesa Sinovac. A intenção é comprar do instituto paulista mais 30 milhões de doses. Outras vacinas em vista estão “em espera”. Isso porque não é possível negociar enquanto o governo federal não chega a um acordo com Pfizer, Janssen e Moderna.
Responsabilidade Civil
Na paralela, nesta semana, o Congresso aprovou a lei que autoriza estados, municípios e o Distrito Federal a “assumir os riscos referentes à responsabilidade civil” pelos efeitos adversos das vacinas e a compra dos produtos, sob certas condições.
A responsabilidade pelos riscos pós-vacinação vem sendo um empecilho na aquisição de vacinas como a produzida pela Pfizer. Ou seja, trata-se mesmo de uma autorização para a compra de vacinas por outros governos que não o federal, e também por empresas.
*Foto: Divulgação/ Centro Gamaleya