Bienal de São Paulo 2021 divulgou até o momento a participação de 56 participantes em sua 34ª edição, pouco mais da metade de um total de cerca de 90
Nesta quinta-feira (11), a Bienal de São Paulo divulgou mais cinco artistas participantes de sua 34ª edição. O evento de arte e cultura foi adiado ano passado, por causa da pandemia. As identidades dos novos integrantes são: o belga Dirk Braeckman, a dinamarquesa Nina Beier, os americanos Tony Cokes e Vincent Meessen, e o carioca Zózimo Bulbul.
Bienal de São Paulo 2021
Com o anúncio de hoje, passa para 56 participantes já conhecidos da mostra. Isso equivale a pouco mais da metade de um total de cerca de 90 artistas. De acordo com a organização, a lista completa será divulgada até a segunda quinzena de abril.
Carreiras consolidadas
Dos artistas anunciados nesta quinta, a maior possui carreiras consolidadas, com participações em bienais e em exposições em museus, como o MoMa (Museu de Arte Moderna de Nova York) e o Centro Pompidou, em Paris.
Além disso, algumas tendências parecem ser confirmadas nesta edição, que será chefiada pelo italiano Jacopo Crivelli Visconti. Entre as quais: a importância do meio audiovisual na mostra. Sendo assim, os trabalhos de Meesen e Cokes trabalham com esta temática. Também há a ênfase em artistas que exploram a diáspora africana em sua obra.
Este é o caso do cineasta e ator carioca Zózimo Bulbul. Morto há oito anos, ele retratou os dilemas da classe média negra que emergiu no Brasil nos anos 1960, e que hoje batiza um festival de cinema negro na capital fluminense. Contudo, o diálogo de sua obra com trabalhos de outros artistas que também abordam o tema, como a americana Deana Lawson, o compositor sul-africano Neo Muyanga e o cineasta e pesquisador malinês Manthia Diawara, entre outros, promete render bons frutos à mostra.
Programação virtual
A Bienal de São Paulo 2021 também aproveitou para anunciar os próximos passos da sua programação virtual, muito alavancada por causa da pandemia. Portanto, no próximo dia 25, ocorre o terceiro encontro da série “As Vozes dos Artistas”, que discute os chamados “enunciados” da mostra. Trata-se dos objetos que não são exatamente obras de arte, mas dão pistas sobre os assuntos que estão no cerne desta edição da Bienal. É o caso do objeto da vez: o Sino de Ouro Preto, o único cujo repique lamentou a morte de Tiradentes e que, em 1960, foi levado para a inauguração de Brasília a pedido de Juscelino Kubitschek.
Já no dia 1º de abril acontece o segundo encontro, que vai debater os retratos do abolicionista americano Frederick Douglass.
Dois cursos à distância
Além disso, na paralela, serão oferecidos dois cursos à distância sobre esses enunciados. Com isso, o Sino de Ouro Preto terá conteúdo marcado entre 4 e 25 de março. E o segundo, está programado para acontecer entre os dias 8 e 29 de abril.
Os interessados em participar desses cursos terão de se inscrever no site oficial da Bienal.
Exposição principal
A organização afirmou ainda que a exposição principal da Bienal de São Paulo 2021 está marcada para o período entre 4 de setembro e 5 de dezembro.
Vale lembrar, que no final do ano passado, a instituição organizou uma espécie de mostra intermediária no Pavilhão da Bienal, no parque Ibirapuera, chamada de “Vento”.
*Foto: Divulgação