Caso Americanas inclui ainda verificação contra acionistas de referência; instituto tem outro assuntos que envolvem as companhias Oi, Natura, CVC e IRB
Recentemente, o caso das lojas Americanas veio à tona novamente. Isso porque o Instituto Ibero-Americano da Empresa fez um pedido de arbitragem contra a Americanas e seus acionistas de referência. Ou seja, o trio de bilionários Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira. Além disso, a demanda pode chegar a R$ 20 bilhões.
Segundo o advogado e professor, especialista em arbitragem, José Antonio Fichtner, é um dever informar sobre os custos e o funcionamento da arbitragem, que tem se intensificado nos tribunais, sobretudo com base em decisões do TJ.
Caso Americanas e acionistas
No último dia 25, o pedido de arbitragem foi feito na Câmara de Arbitragem do Mercado da B3, disse a Americanas. A companhia cita que o instituto busca a condenação da empresa e do trio de bilionários por acusações que incluem violação de deveres fiduciários e prejuízos relacionados ao preço das ações da companhia.
Além disso, a entidade também busca na arbitragem a indenização dos acionistas da Lojas Americanas AS. O caso refere-se aos grandes prejuízos provocados no contexto da combinação de negócios entre a Lasa e a B2W, e condenação dos acionistas de referência a indenizar a Americanas por declarados danos sofridos com a fraude em sua contabilidade.
Garantia da indenização
Por sua vez, o instituto afirmou em comunicado separado que, para garantir a indenização, reuniu em torno de 500 investidores que, “pessoalmente e por seu próprio direito”, processarão a Americanas por meio de nova arbitragem a ser apresentada. Entre eles, há pequenos investidores, fundos de pensão e fundos de investimentos, afirmou a entidade empresarial.
Valor atual das ações
Diante das acusações acerca da contabilidade em seu balanço no começo de 2023, hoje, as ações das Americanas valem próximo de R$ 0,50 cada uma. Antes, o valor era cotado em torno de R$ 11 cada.
Em nota, o presidente do instituto, Eduardo Silva, afirmou que, talvez, o preço atual das ações esteja mais próximo do valor real. Portanto, isso impõe o direito de indenização.
Por fim, o instituto tem outros casos, que envolvem empresas como: Oi, Natura, CVC e IRB, em que busca ressarcimento de prejuízos sofridos por acionistas minoritários.
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