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Chope na garrafa PET: após sucesso na praia, empresário investe no negócio

por Plataforma dos Municípios
chope na garrafa pet após sucesso na praia, empresário investe no negócio

Chope na garrafa PET se tornou outra fonte de renda para o empresário e surfista Akira Taguti

Nos anos 1930, um grupo de japoneses chegou ao Brasil após três meses de viagem de navio. Os imigrantes fixaram residência em Itaguaí, município da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. No local, os Inoue fundaram a Estância Turística Jonosake. Atualmente, o espaço funciona como um Day use com sistema all inclusive e é administrada por seus descendentes.

Chope na garrafa PET

Todavia, por também ser filho de imigrantes japoneses e casado com a herdeira dos fundadores do local de entretenimento, há dois anos Akira Taguri teve uma ideia.

Ao notar o comportamento dos frequentadores que consumia muito chope e cerveja identificou neste hábito uma nova oportunidade de negócio. Fazendo a economia local girar, o empresário desenvolveu sua própria fórmula da bebida para vender no sítio. Mas após muitas conversas com cervejeiros, chegou à receita do chope Jonosake.

“Buscamos algo puro malte, fácil de beber, saboroso, e começamos a testar a bebida em novembro. Quando vimos, os clientes estavam preferindo a nossa bebida às outras já conhecidas e oferecidas na casa. Foi quando entendemos que havíamos sido aceitos pelo público.”

Grandes mercados

Mirando também grandes mercados, Taguti, de 50 anos, costuma surfar toda manhã no Recreio, onde mora com a esposa e os dois filhos. Foi então que a partir de dezembro ele passou unir o útil ao agradável. Sendo assim, ele acomodou alguns barris do chope Jonosake em sua caminhonete e ofereceu a bebida a conhecidos na Praia da Macumba. Após vender tudo, ele se animou para investir mais. Porém, encomendou antes uma pesquisa que indicou que a região era mesmo um ótimo lugar para começar a comercialização na cidade.

Produção do chope Jonosake

A produção do chope na garrafa PET é feito em Teresópolis e hoje possui quatro versões: pilsen, red, ipa e witbier. Pelo fato do transporte dos barris exigir uma logística mais complicada e cara, Taguti optou por acondicionar a bebida num recipiente que ele manda fabricar. Ela possui o formato de uma garrafa PET de dois litros e alças de growler. Cada garrafa custa R$ 25.

“Já estamos comercializando o chope em alguns mercados da região, mais na área de Barra, Recreio e Vargens. Também temos um ponto de delivery no Recreio e assim podemos fazer entregas em outros locais da cidade.”

Não há perda da qualidade

Além disso, Taguti garante que colocar o chope na garrafa PET não faz a bebida perder qualidade. Porém, a ideia é que depois de aberta ela seja consumida em um dia.

“O chope na garrafa PET ainda é uma novidade no Rio; é mais comum no Rio Grande do Sul. A qualidade é a mesma da chopeira.”

Ele diz ainda que o público da região “está aceitando bem. As pessoas ficam curiosas. Não fizemos divulgação, foi tudo no boca a boca. Fomos crescendo graças aos amigos”.

Beber em casa

O empresário mira ainda o público que gosta de beber em casa, principalmente com a pandemia. Com isso, ele pretende se aproximar dos condomínios da região. Atualmente, a Barra e o Recreio são abastecidos com cinco mil litros da bebida por mês. São seis pontos de venda com geladeiras da marca, e mais 20 serão instalados em breve.

“Aqui há condomínios enormes que têm pequenos mercados. Imagina poder descer, pegar a sua garrafa gelada, levar para casa e beber. Agora na pandemia, é o que a maioria das pessoas tem feito. Tem coisa melhor do que levar o sabor do bar para casa?”

Expansões

Taguti planeja também ampliar os negócios em Jacarepaguá, Taquara e Freguesia e chegar à Niterói.

Significado de Jonosake

Apesar de pode remeter ao tradicional saquê, o chope Jonosake possui outro significado:

“O nome tem uma sonoridade japonesa e junta as iniciais dos nossos familiares que inauguraram o sítio em Itaguaí. Achamos que deveríamos manter a tradição.”

Não há foco em bares e restaurantes

A empresa afirma, por enquanto, que não focará em bares e restaurantes em razão da logística do barril. Agora é o momento da comercialização das garrafas:

“A chopeira teria um preço mais alto para os consumidores, e sabemos que este momento está complicado para todos.”

*Foto: Divulgação/Luiza Moraes/Agência O Globo

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