Mostra fotográfica reúne 59 imagens com cenas de bastidores e shows de jazz com músicos consagrados da capital mineira
Não é de hoje que o casal Leonardo Ramos e Karka Danitza acompanha o circuito de jazz de Belo Horizonte (MG). E foi logo após a uma apresentação do Projeto Quarta Jazz, realizado no Restaurante Fonte Nova, no Santa Ifigênia, que surgiu a ideia de registrar esse movimento musical, em 2018.
Registros de shows de jazz
No decorrer de um ano, Leonardo que também é músico e fotógrafo, e sua mulher, que é produtora cultural, passaram a circular por diversas casas que contam com uma programação voltada ao ritmo que nasceu nos Estados Unidos no sáculo passado.
A captação dos shows resultou na exposição intitulada: “Composições – Uma história fotográfica do jazz em BH”, que entrou em cartaz nesta quarta-feira (8), no Sesi Museu de Artes e Ofícios, na Praça da Estação. Em entrevista ao portal Estado de Minas, Leonardo Ramos comentou:
“É um registro histórico e imagético de pelo menos 10 casas de jazz na cidade que remontam aos antigos clubes norte-americanos. A mostra não deixa de ser uma experimentação de linguagens fotográficas e formas narrativas da história do jazz em BH.”
Bastidores com músicos consagrados
As 59 fotografias que compõem a mostra trazem os bastidores e os shows de músicos consagrados da cena jazzística de BH, entre os quais: Chico Amaral, Kiko Mitre, Célio Balona e Toninho Horta, além da nova geração. Leonardo ressalta a importância deste ritmo musical e revela que esta é sua primeira grande exposição em um museu:
“Isso também nos chamou a atenção. Não só o fato de a cidade pulsar com relação ao jazz, mas por ter uma moçada na faixa dos 20, 30 anos que está se destacando. E todos sem exceção foram muito receptivos às fotografias.”
Mesmo que a capital já ofereça festivais importantes do gênero, como o I love jazz e o Savassi Festival, o casal escolheu fugir do óbvio:
“A ideia era retratar o jazz que acontece diariamente pelas ruas da cidade, registrar aqueles artistas que estão sempre tocando e mostrar como realmente o belo-horizontino gosta desse estilo.”
Abertura da exposição de jazz
No evento de abertura realizado hoje, houve um pocket show com a banda que estimulou a ideia fotografar tais concertos. O Projeto Quarta Jazz, composto por João Machala (trombone), Breno Mendonça (sax), Gabriel Bruce (bateria), Aloísio Horta (baixo) e Expedito Andrade (guitarra), se apresentou a partir das 11h30.
Já a esposa de Leonardo, a produtora Karla Danitza aproveitou a oportunidade do evento e lançou o Circuito de Jazz, um mapeamento da cidade à procura de novos estabelecimentos que abrem suas portas para esta vertente musical. A ideia é promover um roteiro turístico da cena jazzística local:
“Acabamos identificando pelo menos 30 estabelecimentos nesse sentido e, por isso, decidimos fazer esse lançamento digital. Trata de um perfil no Instagram (@circuitodejazz), que será atualizado constantemente, trazendo a programação dessas casas. A ideia é que seja uma referência de roteiro não só para quem é daqui, como de fora, já que esses espaços recebem muitos artistas estrangeiros também.”
Campanha
A campanha para lançamento e promoção do Circuito de Jazz é uma parceria com o Savassi Festival. Neste ano, o Fotografe o Jazz, edital que integra a programação do festival, será lançado na exposição como um convite à ampliação dos olhares para o jazz que acontece em BH.
Integrará também a mostra, em 1º de fevereiro (sábado), o Magnólia, bloco de carnaval inspirado nos cortejos de jazz de Nova Orleans (nos EUA), que fará ensaio aberto no hall de entrada do museu.
Fonte: Site Estados de Minas
*Foto: Divulgação / Leonardo Ramos