Startup de Belo Horizonte (MG) é a nova aquisição doiFood. Contratação tem como compromisso liderar a inovação da empresa de entrega alimentos e bebidas, em termos de inteligência artificial. A empresa Hekima foi originada em 2008, por sete estudantes do quinto período de Ciência da Computação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Eles criaram uma solução para monitoramento de mídias sociais, na ocasião.
A startup é focada em desenvolver soluções e tecnologias para transformar dados em informações fundamentais na tomada de decisão e melhoria da performance das empresas.
Hekima – próximos passos
Segundo o cofundador e líder da área de soluções de Inteligência Artificial (IA) e projetos de big data da Hekima, Victor Salles, está nos planos da empresa a entrega por drones. Ele atua hoje como lead data scientist do iFood (cientistas de dados-chefe). Victor declarou ao portal Estado de Minas:
“O desafio é transformar a forma como a gente se alimenta. E estamos falando de experiência completa de algo que é muito vital para qualquer pessoa. Precisamos de logística muito eficiente, para a comida chegar em um tempo ideal, além de muitos elementos de recomendação, para que, no futuro, tenhamos uma experiência gastronômica personalizada para todos.”
Ele e sua equipe ainda estão se habituando a nova rotina no escritório do iFood em São Paulo. Incorporados ao time de foodlovers, a maior parte dos profissionais mineiros fazem parte do grupo responsável pelo desenvolvimento de tecnologias em IA. A expectativa é que, em breve, o escritório da Hekima em BH também traga novidades. Sobre isso, o vice-presidente de Inovação e Crescimento do iFood, Bruno Henriques, explica:
“Hoje o espaço se tornou um escritório do iFood, mas é provável que haja ampliação, para aproveitar o celeiro de talentos no qual se tornou Belo Horizonte”, sugere Salles. “Um dos maiores desafios no mercado é a busca por talentos. Existe uma escassez de profissionais qualificados no país, porque muitos deles acabam recebendo propostas de trabalho no exterior. As iniciativas com foco em IA têm como objetivo reter talentos ao criar oportunidades atrativas no Brasil para experts trabalharem em tecnologias inovadoras no âmbito mundial.”
História da Hekima
Ainda como estudantes, os profssionais na Hekima foram unidos pelo professor Ivan Moura Campos, conhecido no meio por também fundar a Akwan, adquirida pelo Google. Ele conectou os sete gênios de BH à publicitária Rachel Horta, que já possuía uma empresa de monitoramento e análise de dados para mídias sociais. Salles complementa:
“Ivan viu um monte de menino querendo empreender em tecnologia e os colocou para resolver um problema real.”
Foi criada pela equipe de estudantes a plataforma Buzzmap, que depois se tornou Zahpee. Em 2015, veio a mudança de marca, assumindo em definitivo o nome Hekima, escolhido por Moura Campos, que significa “sabedoria” em suaíli, idioma falado no Quênia, Ruanda, Tanzânia e Uganda.
“Percebemos que o que tínhamos era muito maior do que rede social”, diz Salles. Ali, as máquinas criadas pela equipe já aprendiam a cruzar dados como previsão do tempo e informações de instituto de pesquisas, por exemplo.“Quando chegamos nesse ponto, vimos que tínhamos um mercado enorme pela frente, que era prover soluções inovadoras de inteligência artificial.”
Contato com o iFood
As negociações da Hekima com o iFood começaram em 2018, quando a startup mineira criou os primeiros projetos para a foodtech: um processo de precificação dinâmica e outro que auxilia a definir as prateleiras dos produtos, a partir dos dados publicados pelos restaurantes.
“Posso estar te ajudando?”
Este tipo de uso de big data visa poupar tempo e dinheiro e é uma tendência no mundo dos negócios atualmente. Além disso, automatizar processos com inteligência artificial virou uma das ferramentas de estratégia mais importantes para propor uma vantagem competitiva em qualquer área praticamente: desde o atendimento, passando por comportamento do consumidor, análise de mercado, previsão e análise de cenários, segurança e recrutamento.
Uma das principais tendências é o desenvolvimento do mercado de chatbots: atendimento a clientes realizado por robôs. No futuro, eles serão capazes de saber se os consumidores estão bravos ou satisfeitos para assim determinar uma melhor abordagem em cada atendimento.
Fonte: Portal Estado de Minas
*Foto: Divulgação