Diario de Pernambuco foi fundado em 7 de novembro de 1825 pelo tipógrafo Antonino José de Miranda Falcão
Nesta terça-feira (15), foi aprovado na Comissão de Educação do Senado Federal o Projeto de Lei (PL) nº 1.205, de 2023 e de autoria do deputado federal Eduardo da Fonte (PP), que reconhece o acervo jornalístico do Diario de Pernambuco como Patrimônio Cultural Material do Brasil. Fundado em 7 de novembro de 1825, trata-se do periódico mais antigo em circulação no Hemisfério Sul e do mundo entre os veículos de língua portuguesa.
Acervo do Diario de Pernambuco
A relatora do projeto, Teresa Leitão, apresentou o relatório à Comissão de Educação e Cultura no dia 8 de outubro. Com parecer favorável, ela destacou a importância da história do acervo jornalístico no diz respeito à sua preservação, que é essencial para assegurar a memória do Brasil.
Além disso, ela reconheceu a importância do projeto, além de ser o mais antigo em circulação no hemisfério sul e o mais antigo do mundo em língua portuguesa. E ao longo de seus quase 199 anos de trajetória, o jornal registrou fatos políticos, sociais e culturais do país. Portanto, ele é uma importante fonte de informação e conhecimento sobre a história da nação.
Prédio histórico
Além disso, o prédio onde está localizando o Diario de Pernambuco, no centro do Recife, é um convite para todos visitarem a capital pernambucana. E terem a chance de conhecer a Pracinha do Diário, batizada assim em razão da referência do jornal no estado.
História
O jornal começou sua trajetória em 7 de novembro de 1825, quando foi fundado pelo tipógrafo Antonino José de Miranda Falcão. Naquela época, Recife ainda não era a capital do Estado.
Entre 1848 e 1849, o prediórdico fez uma ampla cobertura da Revolução Praieira e se posicionou contra a escravatura já na década de 1850, 38 anos antes da abolição. Em maio de 1888, exaltou a Lei Áurea dando cinco dias de férias aos funcionários.
Jornal mais antigo em circulação na América Latina
Além disso, no aniversário de 83 anos, em 1908, o Diario de Pernambuco anexou ao título o slogan: Jornal mais antigo em circulação na América Latina. Já na celebração dos cem anos de história, o jornal circulou com 60 páginas, trazendo em sua capa uma ilustração de autoria do pintor Manuel Bandeira.
Vale destacar que em dois séculos de existência, o Diario passou por repressões e censuras, tendo jornais queimados, rasgados, sede depredada e empastelamento das edições. E por conta da perseguição, o jornal deixou de circular durante alguns dias nos anos de 1911, 1912, 1931 e 1945.
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