Manter as pessoas da terceira idade em constante aprendizado é um fator essencial para redução de doenças
Cada vez mais se fala em inclusão social e isso pode atingir diversas faixas-etárias. No caso da terceira idade é de extrema importância que eles não se isolem do mundo.
Portanto, mantê-los em atividades cognitivas os ajudam a não desenvolverem doenças, por exemplo. Ou de pelos menos reduzirem os casos de enfermidades mais recorrentes neste período da vida.
Inclusão social deixa idosos menos doentes
Quando a pessoa exerce mais seu cérebro no dia a dia, ele pode estar retardando o aparecimento da doença de Alzheimer.
Segundo o médico geriatra o médico geriatra Weldon José Rosa Lima, em declaração ao jornal A Tribuna:
“A socialização é muito importante na prevenção de quadros de depressão e até de demência. O idoso que tem uma rede social ampla tem menos chance de ter essas doenças. Infelizmente, alguns vivem em isolamento, em solidão”.
O especialista que ainda preside o Departamento de Geriatria e Gerontologia da Associação Paulista de Medicina (APM), em Santos, litoral de São Paulo, ressalta que é importante os idosos frequentarem centros de convivência, exercícios em grupo, aprender a tocar algum instrumento e até outro idioma.
Pesquisas
Estudos internacionais atestam que além da sociabilidade e dos exercícios cognitivos, a parte corporal também é fundamental na prevenção de doenças mentais.
Portanto, é necessário aliar tudo isso a uma boa alimentação e atividade física regular. Quem já possui doenças crônicas, também pode passar a controlá-las melhor com estas práticas. A pressão alta, por exemplo, deve ser domada nesta altura da vida.
O geriatra explica que:
“Um estudo americano para determinar o que seria preventivo para doença de Alzheimer concluiu que o controle da hipertensão é efetivamente um fator que pode prevenir o aparecimento de demência, especialmente Alzheimer. Um dos fatores que podem precipitar a doença é uma hipertensão arterial mal controlada”.
Além disso, o médico ainda diz que é importante não ingerir bebidas alcoólicas em excesso. Diminuir o cigarro ou até deixar de fumar também é recomendado. Evitar quedas, ter uma boa noite de sono e reduzir períodos de estresse podem levar o idoso a uma melhor qualidade de vida.
Maior expectativa da população
As doenças que atingem os idosos hoje em dia estão associadas ao envelhecimento da população. No início do século 20, dificilmente uma pessoa passava dos 33 anos de idade, no Brasil. No entanto, hoje, a expectativa de vida do país, em média, é de 75 anos. E ainda casos de idosos que atingem os 100 anos.
No começo do século 21, as pessoas com mais de 60 anos se referia a 14,5 milhões da população. Os dados são Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG). Todavia, nos dias atuais, este número passa dos 29 milhões. Além disso, até 2060 estima-se que o índice atinja os 73 milhões, um crescimento de 160%. Atualmente, para um país ser considerado envelhecido ele precisa ter uma população com mais de 65 anos. É o que diz a Organização Mundial de Saúde (OMS). Com isso, o Brasil pode alcançar esta faixa rapidamente, em 2032, quando o país tiver 32,5 milhões de pessoas com 65 anos ou mais.
Fonte: jornal A Trubuna de Santos
*Foto: Divulgação