Esta é a 26ª edição do Grito dos Excluídos, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) de Ribeirão Preto, que doou 1.500 kg de alimentos saudáveis à população em situação de vulnerabilidade, em Jardinópolis, interior de São Paulo
Na segunda-feira (7), feriado nacional pelo Dia da Independência, aconteceu mais uma edição de doações do grupo Grito dos Excluídos e das Excluídas. Sob o tema “Vida em Primeiro Lugar”, a ação chama atenção também para que haja garantia e a retomada de direitos da população vulnerável do país. Em tempos de crise na saúde, provocada pelo novo coronavírus em todo o país, atos como estes têm sido recorrentes em várias localidades.
Na capital paulistana, por exemplo, a entidade OS Pró-Saúde realizou recentemente doações às crianças que frequentam seus centros de educação na zona leste de São Paulo. Na ocasião, foram arrecadados alimentos e produtos de higiene.
26ª edição do Grito dos Excluídos
O MST de Ribeirão Preto entende que a população em situação de vulnerabilidade pode agir em benefício próprio. Ou seja, em vez da ideia de caridade, eles assumem sua solidariedade. E foi assim que ocorreu a 26ª edição do Grito dos Excluídos. O MST desta região realizou mais uma ação solidária. Desta vez, no bairro Vila Reis, na cidade de Jardinópolis, interior de São Paulo.
Doação
O movimento doou em torno de 1.500 kg de alimentos saudáveis, produzidos em modo agroflorestal. Este sistema não utiliza nenhum tipo de agrotóxico, e faz parte da Reforma Agrária Popular. Com isso, aproximadamente 250 pessoas conseguiram receber as cestas agroecológicas.
Sobre isso, o líder comunitário do bairro Vila Reis, Rodrigo Abadia, destacou a importância destes atos de solidariedade, realizado pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra:
“Queria agradecer ao MST. Estamos aqui matando a fome do povo. É muito importante o Grito dos Excluídos, pois os excluídos somos nós. Enfrentamos uma pandemia e, ao mesmo tempo, o desemprego com a nossa população deixada ao léu, às traças.”
Agradecimentos
Ao final do ato de doação dos alimentos saudáveis, Artur Cunha, militante do MST pelo setor de Juventude e estudante do Curso Técnico de Agroecologia, presenteou Rodrigo Abadia com livros da Editora Expressão Popular. Durante sua fala, Artur reforçou a importância de se estudar obras que dialoguem com as necessidades mais objetivas e concretas das classes populares.
*Foto: Divulgação/Filipe Augusto Peres