Um dia antes de novo lockdown em BH gera aglomeração na rua Curitiba esquina com avenida Oiapoque
Na manhã deste sábado (9) houve grande concentração de pessoas no centro da capital. O motivo é que o último dia de comércio não essencial aberto. Portanto, antes do novo lockdown em BH, os moradores saíram às compras.
Novo lockdown em BH
Na quarta-feira (6), o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, justificou que a decisão de fechar o comércio, a partir da próxima segunda-feira (11), é em decorrência do avanço dos indicadores da Covid-19 na cidade.
Atualmente, são 68.213 casos confirmados em BH: 62.042 recuperados, 4.233 em acompanhamento e 1.938 mortos. O Executivo municipal computou 1.297 diagnósticos entre os dois últimos levantamentos.
Apesar do alerta, vários estacionamentos do hipercentro estavam lotados no final da manhã de hoje. Ou seja, as pessoas não alteraram grandemente seu cotidiano. Isso se refletiu na rua Curitiba, esquina com avenida Oiapoque, onde houve grande aglomeração.
O segurança Carlos Francisco Pinto foi às compras hoje, por exemplo, antes de tudo fechar. Em declaração ao jornal Estado de Minas, ele afirmou:
“Eu acho que é besteira esse fechamento. Se a pessoa ficar em casa, ela pode morrer por motivos piores. Ela não terá dinheiro para comprar as coisas necessárias. Muitas pessoas vão ficar desempregadas.”
Ele acredita que a prefeitura deveria, pelo menos, manter uma parte do comércio aberto além de endurecer na fiscalização.
“Fiscalização deveria ficar em cima pra ver se estão cumprindo os protocolos.”
Preocupação de comerciantes
Por outro lado, João Paulo de Carvalho Chaves é dono da Loja do João está preocupado com o fechamento. Ele atua há 15 anos como comerciante.
“Eu ainda não sei como segurar a onda. Não sei como vou fazer, só Deus sabe.”
Contudo, ele acredita que uma semana é o tempo máximo que conseguirá manter a loja em funcionamento com portas fechadas.
“Quase impossível encontrar soluções. Vamos tentar vender vendas on-line. Mas não fecha a conta. Mais de uma semana (com o comércio fechado), várias empresas vão quebrar.”
Capital mineira tem mais 15 óbitos por Covid-19
Ontem (8), Belo Horizonte registrou mais 15 mortes por COVID-19. Os dados são do boletim epidemiológico e assistencial da prefeitura.
Sendo assim, a capital chega a 1.938 óbitos pela infecção: 43 computadas nos cinco levantamentos divulgados em 2021. Mesmo assim, nem todas essas mortes ocorreram, necessariamente, neste ano. Isso porque o tempo para confirmar ou não um óbito pela doença varia.
Entretanto, a notícia boa do dia é que houve uma queda na ocupação dos leitos de UTI: de 85,1% para 83,3%. Porém, a situação das vagas para pacientes graves com a COVID-19 permanece crítica, acima dos 70%.
Em contrapartida, a taxa de uso das enfermarias subiu na cidade: de 62,5% para 65,3%. Portanto, o indicador permanece na zona de alerta, entre 50% e 69%. Já o número médio de transmissão por infectado pelo coronavírus caiu em BH.
Prova disso é que no boletim de quinta-feira (7), o parâmetro marcava 1,05. Agora, 1,03. Mas segue na mesma fase da escala de risco, a intermediária (entre 1 e 1,2).
*Foto: Divulgação/Leandro Couri/EM/DA Press