Monitoramento de terceiros e gestão de seus possíveis riscos podem impactar diretamente no desenvolvimento sustentável do negócio
O monitoramento de terceiros é um fator fundamental ao compliance. Isso porque a relação entre companhias com seus stakeholders (uma rede de pessoas e grupos ligados à empresa, tanto interna quanto externa) – sejam eles clientes, fornecedores, agentes, alianças, prestadores de serviços, sociedade civil, parceiros, funcionários, imprensa, etc. – tem se tornado, cada vez mais, essencial aos negócios. Principalmente no que diz respeito ao diferencial competitivo.
Monitoramento de terceiros
Tais relações são cruciais para manter a vida útil da empresa, como elenca o advogado tributarista Marcio Miranda Maia. Entretanto, é preciso ter cautela e se prevenir, pois todo benefício também vem acompanhado de riscos. Sendo assim, o monitoramento de terceiros é a ferramenta ideal para ajudar as companhias na identificação dos riscos e ameaças que podem prejudicar os negócios.
Em geral, essa fiscalização de terceiros ocorre dentro da estrutura de compliance, onde é feita a coleta, a organização e o tratamento dos dados para detectar os possíveis riscos como: fraudes, perda financeira, dano à imagem reputacional, conflitos de interesse, o não cumprimento legal e regulatório, entre outros.
Monitoramentos frequentes
Esse monitoramento dos dados das ações e dos comportamentos dos stakeholders precisa ser frequente e estar alinhado aos objetivos e metas do negócio, para evitar falhas e, talvez, identificar oportunidades.
Apesar de não ser uma tarefa fácil, já que estamos vivendo um período onde a quantidade de dados gerada é enorme e há informações por todos os lados. Então, saiba como usá-la a seu favor.
Mapeamento de riscos
O mapeamento de riscos é a primeira ação a ser feita para entender quais dados são importantes e mapeá-los. Além de evitar gastos desnecessários de tempo e de dinheiro analisando dados que não são pertinentes aos objetivos da empresa, a padronização e a análise correta ajuda a instituição a ser mais ágil e eficiente. Lembrando que o objetivo é identificar vulnerabilidades que podem afetar as operações do seu negócio.
Apetite e capacidade de risco
Apetite e capacidade de risco referem-se ao nível de tolerância ao risco que a empresa possui. Nesta fase, é necessário entender qual tipo de risco a empresa pode lidar e o seu nível de impacto. Ao identificá-lo, acompanhe as notícias, imagine cenários hipotéticos, analise probabilidades e isso pode fazer a diferença em seu monitoramento.
Coleta e análise das informações/dados
Coleta e análise das informações/dados: neste caso as informações são espalhadas por todos os lados e em diversas fontes e canais. Porém, há um problema, que é que cada uma segue o seu padrão próprio. Portanto, o desafio nesta fase é o tratamento desses dados, que devem acontecer, inclusive, em tempo real – para o caso de ser alterado. Para unir tudo em um único lugar e gerar padronização, existem algumas tecnologias como Big Data e Inteligência Artificial, que ajudam a automatizar o processo inicial de coleta, limpeza, organização, disposição das informações e ainda incluir alarmes para a detecção dos riscos.
Conclusão sobre o monitoramento de terceiros
Por fim, a monitoria de terceiros pode parecer complicada no início, mas, quando integrada às ações cotidianas da empresa, ajudarão a evitar prejuízos que poderiam ser previstos.
*Foto: Reprodução