Além da exposição de aniversário de Hilda Hilst, também estão previstos reedições de suas obras e outros eventos no decorrer de 2020
O ano de 2020 marca os centenários de Clarice Lispector e João Cabral de Melo Neto, com programação já anunciada pela imprensa. Agora, chegou a vez de outra escritora igualmente importante, Hilda Hilst. Se ela estivesse viva, completaria 90 anos, em abril.
Mostra Hilda Hilst no MIS
As festividades em torno de seu nonagenário terão início em 1º de fevereiro, com uma exposição no Museu da Imagem e do Som (MIS), na cidade de São Paulo. A curadoria fica a cargo de Jurandy Valença. Intitulada “Revelando Hilda”, a mostra traz fotografias e desenhos inéditos da autora. Entre as imagens, estão algumas de Fernando Lemos, datadas dos anos 1950. No mês passado, o artista faleceu aos 93 anos.
Além das fotografias, a exposição também exibe o filme “Hilda Hilst Pede Contato” e livros da coleção da autora. Além disso, leituras de seus poemas e peças também estão integram a mostra, com participação de grandes nomes do meio artístico, como Bete Coelho, Leticia Sabatella e Matheus Nachtergaele.
Segundo o curador, em entrevista à Folha de S. Paulo, ele afirma que morou na famosa Casa do Sol, ao lado de Hilda, por quatro anos na década de 1990:
“Para entrar na obra da Hilda, você precisa escavar. Mas, quando você atravessa, é uma surpresa.”
Outras comemorações
Além da exposição do MIS, que em 2020 completa 50 anos de atividades, o Centro Cultural São Paulo vai promover uma série de debates em abril, mês de aniversário da autora.
Já a editora Companhia das Letras vai relançar alguns dos livros de Hilda Hilst, como “A Obscena Senhora D”, que sai em abril; e “Amavisse”, no segundo semestre. Uma biografia também deve ser publicada, ainda sem data de lançamento.
A escritora que morreu em 2004 foi a grande homenageada da Flip de 2018, evento que recolocou em definitivo a obra de Hilda no radar da literatura brasileira.
Massao Ohno
E por falar nos 90 anos de Hilda Hikst, um de seus mais renomados editores, Massao Ohno, ganha no mês que vem uma retrospectiva de sua carreira, pela Ateliê. A obra “Massao Ohno, Editor”, de José Armando Pereira da Silva, reúne 174 capas desenvolvidas pelo artista gráfico, morto em 2010.
Fonte: Folha de S. Paulo
*Foto: Divulgação