Início Cotidiano Museu de Direitos Humanos é incluso em concessão do Anhangabaú

Museu de Direitos Humanos é incluso em concessão do Anhangabaú

por Plataforma dos Municípios
museu de direitos humanos é incluso em concessão do anhangabaú

Museu de Direitos Humanos ficará na Galeria Prestes Maia, que conecta a Praça do Patriarca ao vale

Na semana passada, a gestão Bruno Covas (PSDB) incluiu um museu voltado à área de direitos humanos no projeto de concessão do Vale do Anhangabaú. Chamado de Museu de Direitos Humanos e Cidadania, o espaço ficará na Galeria Prestes Maia, que conecta a Praça do Patriarca ao vale, além de contar com um elevador com acesso pelo Viaduto do Chá.

Museu de Direitos Humanos inserido à concessão do Anhangabaú

Após um período de intensa reforma e que teve seu projeto bastante criticado, a prefeitura pretende agora conceder a área do Vale do Anhangabaú à iniciativa privada.

Depois de identificar problemas no processo de execução, a concessão havia sido suspensa pelo TCM (Tribunal de Contas do Município). De acordo com a prefeitura, o edital republicado incorporou ajustes e esclarecimentos pedidos pelo TCM.

Portanto, neste novo edital, consta o Museu de Direitos Humanos e Cidadania, que deverá ser implantado pela futura concessionária.

Projeto do museu

O projeto do museu engloba um elevador, que foi anunciado no fim de 2019. Com traços que lembra a de museu do Chile, com a mesma temática, o espaço cultural está situado em uma área no primeiro andar da galeria. Além disso, a prefeitura reforça que este elevador já existia e será apenas recuperado durante a fase de obras.

A ideia é que seja um local de passagem, em que tenha um percurso que liga as exposições. Também estão incluídos espaços para instalações, salão e auditório.

Galerias

O processo de concessão inclui duas galerias: a Formosa e a Prestes Maia, que conecta a Praça do Patriarca ao Vale do Anhangabaú. Hoje, conforme o edital, a galeria Prestes Maia se encontra subutilizada. Ou seja, seu funcionamento consiste apenas de um espaço de atendimento ao servidor e outro de apoio para a Guarda Civil Metropolitana (GCM).

Sendo assim, os espaços deverão ser explorados do ponto de vista financeiro pela concessionária.

Evitar gastos com administração

A expectativa da prefeitura em relação à concessão do Anhangabaú é a de evitar gastos com a administração do local. O espaço deve ser reinaugurado ainda este mês, mexendo com o cotidiano do paulistano que passa pelo centro da cidade. Com isso, já pode proporcionar algum retorno financeiro, segundo afirmação da prefeitura. Os benefícios previstos com a concessão totalizam R$ 39,81 milhões.

Investimentos previstos

Sobre os investimentos previstos, eles englobam as seguintes áreas: monitoramento e vigilância com implantação de câmeras e postos de segurança 24 horas; instalação de lixeiras e sanitários públicos.

Outros itens

Contudo, ainda deve proporcionar outros itens indispensáveis, como: fornecimento de energia elétrica, água, esgoto e telefonia; disponibilização de wi-fi gratuito; desenvolvimento de aplicativo móvel gratuito para fornecimento de informações com relação ao cronograma de atividades previstas para a área e, ao longo dos dez anos da concessão, fazer reparos e manutenção de todas as áreas, galerias, quiosques e equipamentos existentes.

Em contrapartida, a concessionária poderia locar áreas pertencentes à prefeitura e explorar publicidade e eventos.

Custos da reforma

Inicialmente, o custo da reforma do Vale do Anhangabaú era de R$ 80 milhões. No entanto, o projeto custou R$ 94 milhões, ou seja, R$ 14 milhões a mais que o previsto.

Além disso, alguns urbanistas apontaram uma visão higienista durante a reforma. Somado a isso, ainda há a crítica de que a proposta apaga o projeto anterior, que é um fruto de um concurso público de 1981. À época, ele contemplou a proposta dos arquitetos Jorge Wilheim, Jamil Kfouri e Rosa Grena Kliass.

Entretanto, a gestão Covas avalia que, com o passar dos anos, o Anhangabaú se tornou um “lugar inóspito” e que os imóveis se fecharam para o vale. Portanto, agora, a ideia é transformar um lugar de passagem em um local onde as pessoas possam frequentar, utilizando quiosques e espaços culturais.

*Foto: Divulgação/ Fábio Tito/G1

Postagens relacionadas