O piloto gaúcho manteve o mais longevo patrocínio da história do esporte no Brasil
Natural de Pelotas, no Rio Grande do Sul, nascido no dia 6 de setembro de 1950, conheça a seguir um pouco da história do piloto de carro, Renato Conill.
Em primeiro lugar, assim como o futebol, o automobilismo no Brasil é bastante cultuado e não estamos falando apenas das corridas de Fórmula em que o país conta com grandes pilotos. Vai além e prova disso é trajetória de Renato Conill nas pistas de grandes autódromos.
Como tudo começou?
Em seus tempos de meninice, ainda em Pelotas, Renato Conill já despontava no meio como campeão das 100 Milhas de Kart com apenas 10 anos de idade. Mas, sua realidade nesta época era outra e o sonho de ir além no esporte como profissional teve de ficar um pouco para depois.
Década de 1970
E por sua perseverança em nunca desistir do automobilismo, o piloto gaúcho conquistou novamente os holofotes no começo da década de 1970, quando voltou a participar de provas, agora da Divisão 3, pilotando um Ford Corcel.
Na sequência, já defendendo as cores da Fiat, começava aquela que viria a ser uma das mais respeitadas duplas do automobilismo brasileiro e 100% gaúcha: Renato Conill e Janjão Freire.
Além disso, na mesma época, teve início ao mais longevo patrocínio do esporte no país. No caso, a concessionária Jardim Itália, que era detentora da marca Fiat, também representava a marca Alfa Romeu. Esta última tinha como clientes os gestores da Forjas Taurus e que lá compraram seus Alfas.
Renato Conill e Taurus
E foi a partir de uma conversa total despretensiosa que a Taurus passou a estampar sua marca nos 147 da Jardim Itália. Como o Renato Conill já era um piloto profissional e com atenção dos patrocinadores, manteve a parceria durante 22 anos!
Década de 1980
O ano de 1981 não foi um dos mais fáceis. Isso porque a equipe Jardim Itália disputava três campeonatos ao mesmo tempo. Contudo, Renato Conill conseguiu um feito e tanto ao se tornar campeão gaúcho e também paulista.
Naquele tempo era real a rivalidade entre os pilotos. Sendo assim, imagine um piloto de outro estado vencer em outro território. Foi o que aconteceu: no final do brasileiro ainda em 1981, Conill estava na ‘casa’ de seus adversários, e chegou ao autódromo de Interlagos a apenas dois pontos do líder, o paulista Attila Sipos. Literalmente ocorreu uma “brigada paulista” dentro da pista que culminou numa batida violenta no carro do gaúcho, o que fez com que ele fosse obrigado a abandonar a corrida e assim o título foi pra Sipos. À época, foi notório que o acidente foi um verdadeiro massacre a ponto do carro do Conill não rolava mais com suas próprias rodas, de tão amassado que ficou.
Ambiente muito competitivo
Por outro lado, é preciso ter em mente que nos anos 70, 80, Renato Conill era adorado ou visto como um grande rival. Em suma, era visto como o inimigo que devia ter o carro batido.
Campeão brasileiro Fiat 147
Mas, no ano seguinte, 1982, Renato sagrou-se campeão brasileiro de Fiat 147. Consequentemente, este título elevou o nome do automobilismo gaúcho ao mais alto degrau do pódio, dando o troco aos paulistas.
Por fim, é por todo este feito das últimas décadas que o piloto de Pelotas deve ser lembrado e parabenizado pelos 40 anos dessa conquista memorável do campeonato Fiat 147.