Segunda edição vai reunir nomes famosos da gastronomia orgânica do país, entre eles a apresentadora do GNT, Bela Gil
Apesar de ainda haver uma grande quantidade de agrotóxicos liberados no país, muito tem se falado sobre comida orgânica e de seu processo de produção. A conscientização está maior, tanto é que entre os dias 12 e 15 de setembro acontecerá a segunda edição do Organic Festival, em Trancoso, no município de Porto Seguro. Durante o evento, grandes nomes da gastronomia participarão de debates e que visam chamar atenção da população para esta causa. O que pode ser realizado para impactar positivamente, como as técnicas de cultivo orgânico até os meios para que este alimento saudável chegue à mesa do consumidor final.
Organização
O Organic Festival é organizado e idealizado pelo hotel UXUA, no distrito litorâneo e tem apoio do restaurante Capim Santo e da Conservação Internacional.
A proposta do evento é desenvolver uma série de atividades que são conectadas a diferentes experiências em relação ao universo orgânico. Além disso, a meta é trazer a população local para mais perto deste conceito de vida mais saudável, livre de agrotóxicos. A iniciativa também visa quais são as formas de se produzir este tipo de alimento, identificar se a utilização do espaço e dos recursos disponíveis estão sendo realizados de forma consciente e eficiente. Dentre estes pensamentos, estão a reciclagem de nutrientes e a conservação da água.
Programação do organic festival
A programação é dinâmica e inclui almoços e jantares com algumas das mulheres mais renomadas deste tipo de gastronomia. São elas: Bela Gil, Ju Pedrosa (UXUA), Morena Leite (Capim Santo), Neka Mena Barreto, Patricia Helu, Poly Depret (Praia das Tartarugas) e Roberta Sudbrack. Também estarão presentes no evento fornecedores de produtos orgânicos da Bahia e de todo país.
No dia 14 de setembro a atividade será mais especial, pois este time de chefs será responsável por realizar um grande piquenique, no Quadrado Histórico de Trancoso. Na ocasião, eles desenvolverão pratos orgânicos ao custo de R$ 10 cada para toda comunidade. Completam este dia de programação apresentações musicais e palestras.
No último do Organic Festival haverá um luau no UXUA Praia Bar e um pocket show com a cantora Céu. A comunidade não pagará para curtir as atividades e os shows.
Voluntários
O festival será coordenado por voluntários de toda região, que inclui o grupo de ativismo e educação ambiental jovem de Trancoso. O coletivo que já foi indicado ao Prêmio Visão Sustentável, também se apresentou em evento da ONU. Além deles, também serão responsáveis pela coordenação o Mama Trancoso (Movimento Ambientalista Mukaú Aponem). O grupo pretende inaugurar uma horta orgânica comunitária permanente, na Associação Despertar, na principal rua do vilarejo. Para isso tem trabalhado juntamente com biólogos e engenheiros para viabilizar a iniciativa.
O que produzimos e o que comemos
O Organic Festival propõe uma interação entre a comunidade local, profissionais relevantes do mercado, além dos próprios turistas para debaterem de modo democrático o assunto de como produzimos e o que comemos. É a possibilidade de troca de informações e vivências de um jeito leve, divertido e descomplicado, mas fazendo com que todos entendam a importância de cada um realizar sua parte para um bem maior. O diálogo também envolve a construção de um futuro possível, saúde pública e sustentabilidade.
UXUA
Há dez anos que o UXUA pratica jardinagem orgânica no centro histórico de Trancoso. A proposta do estabelecimento alimenta funcionários e clientes, além de repassar a importância da educação comunitária.
O Organic Festival deste ano será marcado também pelo lançamento da iniciativa de bem-estar tropical UXUA Vida, sob direção do médico Dr. Julian Hamomoto.
Em declaração ao portal Bahia Dia a Dia, Wilbert Das, criador do UXUA complementa:
“Não há lugar mais autêntico para um Festival Orgânico que Trancoso, onde a vida, até recentemente, foi construída em torno da pesca e da agricultura tradicionais, e os primeiros forasteiros hippies que se instalaram aqui procuravam uma utopia. O primeiro restaurante aberto em 1981 foi um café macrobiótico, que hoje é o Capim Santo. Valores e princípios orgânicos sempre estiveram presentes aqui, e hoje vale celebrar”.
Fonte: portal Bahia Dia a Dia
*Foto: Divulgação